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sábado, 15 de setembro de 2012

Carlas...



Se todas fossemos Carlas
Todas seríamos lindas
Seríamos fortes
Seríamos sensíveis

Se tudo fosse Carla
O mundo seria melhor
Seria mais humano
Mais justo
Mais alegre

Se eu fosse Carla
Seria mais corajosa
Mais honesta
Mais verdadeira
Mais lúcida

Carla é força
É brisa
É vendaval
É neve
É areia
Chuva
Sol
Carla é uma mulher
Com força de muitas...

Para ser eu mesma...



Muitas vezes eu finjo...
Finjo não ter fome
Finjo estar faminta
Finjo sorrisos
Finjo assuntos
Finjo sentimentos
Felicidade
Alegria
Fingir não é fácil
É doloroso
Triste
Triste não sermos nós o tempo todo
Magoar a nós mesmos para não magoar os outros
Fingir para ser mais verdadeira
Fingir para me aproximar mais de mim
De quem eu fui
De quem eu sou
De quem serei
Ás vezes eu paro de fingir
E aí sou eu mesma...

A alma feminina de Chico...



Chico Buarque tem alma feminina... Consegue como poucos, e poucas, escrever sobre esse (nosso) universo.
As mulheres do Chico são acima de tudo, MULEHERES.  Sofrem preconceito, que o diga a Geni, são as Amélias dedicadas e fervorosas. São fortes, são sensíveis.
Chico desvenda nossa alma, nossos anseios, e nos deixa nua, em público!
Não somos santas, não somos demônios! Somos humanas!
Nós somos todas, e todos, “mulheres de Chico”... Ele fala, ele canta, ele encanta, ele despe todos nós! Esfrega na nossa cara o machismo, a falsa moral. Expõe o que muitas não querem ouvir e poucos têm a capacidade de entender sobre o “ser mulher”.
Que joguem pedra, que façamos todo dia tudo igual, que não tenhamos nem medo nem qualidade, apenas medo...
Chico... Ah Chico! Que baila no imaginário feminino há muito e de muitas...
Que faz homens te admirarem e te invejarem com a mesma intensidade.
Continua a ser nossa voz, nossa alma... Desvenda nosso âmago, como nem mesmo, nós mulheres, conseguimos...
Para quem pergunta: o que querem afinal as mulheres? Eu respondo, interprete Chico Buarque! Não somos clichês, não somos uma frase. Somos todas as mulheres que Chico canta.
Pronto! Fomos descobertas, delatadas, mas serão todos capazes de entender? Não! Garanto que não! Há que ser muito sensível para entender a alma fermina, ou melhor, a alma de Chico Buarque de Holanda.
Chico escreve para mim, para você, para as Marias, para as Genis, Anas, Carolinas, mas também escreve para João, José, Antônio...
Descreveu-me no meu amor pueril, com minhas brincadeiras de heróis, falou do que eu sentia, de coisas que eu nem sabia que sentia, do que pensam de mim, do que esperam de mim. 
Fui descoberta! Agora já não sou mais uma incógnita! Já não sou reduzida a minha TPM, ao meu papel de mãe, de esposa. Aos meus (malditos) hormônios! Fui descoberta sim! Ou melhor, me descobri, me reconheci nas letras de Chico! Fui desvendada para todos! Fui descoberta por outra pessoa. Um homem com alma de mulher! Chico desvendou o que há muito eu mesma venho tentando descobrir: a minha essência!
Sejamos Athenas, Amélia, Geni...
Somos putas, somos fogosas...
Queremos amar, queremos amor!
Fomos abandonadas, abandonamos.
Gritamos, suspiramos.
Amamos, odiamos!
Fazemos comida, fazemos amor!
Façamos guerra!
Somos leoas, somos mansas...
Quando mortas, somos flor...
Quando vivas, perdição...
Somos encontros
E desencontros...
Medo e coragem...
Fome e saciedade...
Somos únicas...
Somos muitas!

Culpa nossa de cada dia...

Eu confesso! Eu sou culpada!
Sou culpada por cheirar sua gola porque sou insegura...
Culpada por ter sua senha e buscar evidências...
Culpada por esconder a alegria e mostrar a raiva!
Sou culpada! Culpada por seguir seus olhos...
Sou culpada por furar o sinal vermelho e não aceitar suas derrapagens.
Sou culpada!
Sou culpada de errar a receita e pedir para que experimente...
Culpada por vestir uma roupa 2 números menores e querer que me digas que estou linda!
Eu confesso! Sou culpada!
Culpada por sentir saudades....sentir ciúmes... sentir raiva...sentir amor...